COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009 by Reciclagem de Artigos in

Os anos passam, o mundo modifica-se e a linguagem continua sendo o principal suporte de ensino, o que torna a escola, por si só, um espaço de comunicação. Não é possível pensar em educação sem pensar em comunicação. Como instrumento, como meio, nascem de necessidades humanas.
Toda educação faz-se através da comunicação, seja ela falada, escrita ou gesticulada. Através da troca, do compartilhamento de idéias, sentimentos, da transmissão e da recepção de informação, vamos constituindo e construindo a nossa história e a história da humanidade. O que pensamos e o que somos é resultado da nossa educação, que passa pelas nossas possibilidades de comunicação.
A educação e a comunicação são processos inseparáveis e a relação entre elas é bastante complexa. Elas são inerentes ao processo de humanização. E como necessidade humana, elas podem ser exploradas tanto para a libertação como para a manipulação.
É impressionante como na escola, lugar por excelência de crescimento e educação, a comunicação tem sido tão mal explorada. As melhores empresas do mundo há tempos vêm se debruçando sobre a questão para garantir seu espaço no mercado; várias são as publicações e estudos a respeito do assunto, indicando a mesma como chave do sucesso. E a escola? Qual o espaço, o tempo que tem tirado para discussão e estudo sobre o assunto? Pode-se dizer que a escola de hoje será tanto mais eficiente, quanto maior for sua capacidade de explorar e desenvolver a comunicação.
O ser humano nasce predisposto para a comunicação nos diversos níveis em que ela pode acontecer. Choramos, gesticulamos, cantamos, ouvimos, posicionamos o corpo, etc. São incontáveis as formas encontradas pelo ser humano para se fazer entender e estabelecer contatos, dar ou receber alguma informação.
A comunicação mais primitiva entre as pessoas acontece no plano físico: é o contato da criança com a mãe. Esse primeiro contato leva a criança à percepção de que ela não está sozinha no mundo e que necessita da comunicação para se fazer entender. Daí por diante, todos os nossos contatos nos ajudam a superar a solidão do dia-a-dia, a estabelecer relações, a nos tornar mais humanos.O desenho, a escrita, a comunicação telegráfica, radiofônica, televisiva e midiática são alguns dos caminhos percorridos pelo homem na tentativa de conseguir maior eficiência no processo da comunicação.
A comunicação é um processo ou sucessão de fenômenos ligados à troca de mensagens. O sucesso ou fracasso na comunicação não pode ser atribuído a um único fator, uma vez que no processo de comunicação intervêm vários elementos (emissor, receptor, codificação, ruídos...).
Um exemplo conhecido que demonstra a complexidade da comunicação é o jogo do “telefone sem fio”, no qual uma pessoa sussurra uma mensagem no ouvido de outra, que sussurra a mensagem à próxima, e assim por diante. Inevitavelmente, quando a última pessoa diz a mensagem em voz alta, ela é bastante diferente da primeira a ser sussurrada. O emissor pode mandar uma mensagem, mas os receptores podem “ouvir” ou receber uma mensagem diferente.
Desta forma, não basta assegurar que a comunicação ocorra, é preciso fazer com que o conteúdo seja efetivamente aprendido pelos envolvidos no processo, para que estes estejam em condições de usar o que é informado de forma eficaz.
O trabalho permeado pelo diálogo, pela escuta é muito importante, pois a comunicação interpessoal, que se dá na constituição dos relacionamentos, é imprescindível para o bom andamento da escola, porque a mesma exerce influência no clima organizacional. As vibrações e as questões individuais acabam refletindo no coletivo.
As formas mais utilizadas de comunicação são: falar, escrever, ouvir, ler e a linguagem dos sinais. Mas uma quantidade substancial de comunicação interpessoal ocorre através de comunicação não-verbal, a transmissão de mensagens por meios que não palavras. Segundo Davis (1979):(...) grande parte da verdadeira comunicação humana se passa num nível abaixo da consciência, nível em que a relevância das palavras é apenas indireta. (...) somente uns 35% do significado social de qualquer conversa corresponde às palavras pronunciadas. As relações na escola necessitam de linguagem compreensível para que se estabeleça o entendimento comum. A própria definição de comunicação envolve participação, transmissão troca de conhecimento e experiências. Da eficácia dessa comunicação depende o resultado do desempenho da escola, em todos os sentidos: desempenho do aluno, crescimento e sustentabilidade da escola.
Referências:BIERCK, Richard. Comunicação pessoal impecável. Como ouvir. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.DAVIS, Flora. Comunicação não verbal. Tradução Antonio Dimas. São Paulo: Summus, 1979.DUBRIN, Andrew J. Princípios de administração. Tradução Roberto Minadeo. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996
KARMEM

É preciso ouvir a voz do professorado
by Reciclagem de Artigos in

A imagem do professorado da escola pública está desgastada. A cobertura da educação na mídia é o espelho desse desgaste. Uma vez ao ano, no Dia do Professor, os meios de comunicação esforçam-se para mostrar profissionais travestidos de heróis – sempre um exemplo individual de uma pessoa boa e comprometida que não exerce uma profissão, mas sim um sacerdócio.
No coletivo, como categoria profissional, o professorado de escola pública só aparece na mídia de forma negativa. Quase sempre a ele é imputada a responsabilidade por todos os males do ensino: ou é mal formado, ou sem interesse, ou falta muito às aulas, ou é incompetente, ou é corporativo – só pensa no salário e na carreira e não nos alunos –, ou, ainda, é um coitado, vítima da violência dos próprios alunos.
Quase sempre a voz que aparece nos meios de comunicação é a voz dos dirigentes ou dos chamados especialistas; nunca do professorado. Entre os “especialistas” ultimamente quem mais tem falado são os empresários. Falam do sentido de uma educação para o desenvolvimento e para a economia, criticam o modelo de gestão, falam em produtividade do sistema e em como obter melhores respostas com menores custos. Se pudessem, substituiriam os professores por máquinas, pois estas podem ser domadas.
As soluções apresentadas para a melhoria da qualidade sempre são definidas independentemente dos professores, por cima deles, considerando que eles são pacientes das reformas – e não agentes. Afinal, se são culpados por todos os males, por que então tomá-los em consideração?
O silêncio dos professores e das professoras da escola pública é um reflexo de dois fenômenos complementares: de um lado, a desvalorização do trabalho do docente; por outro, a existência de mecanismos repressivos que impedem o seu livre expressar.
Já de há muito o trabalho docente vem deixando de ser considerado fundamental. Seu lugar social e seu papel foram sendo desprestigiados pelas contínuas reformas educativas que, em seu nome, são implementadas. Inicialmente, pela constante desvalorização do seu salário – o que torna o trabalho docente desprestigiado frente às demais categorias profissionais, além de evasão de quadros e da superexploração daqueles que têm que estar em muitos lugares ao mesmo tempo para poder pagar as suas contas. O excesso de trabalho, além de prejudicar sua saúde, não permite que o professor prepare bem as suas aulas, que se atualize, que mantenha condições de ter um acompanhamento mais próximo dos seus alunos. Dessa forma, o professor é levado a se desumanizar e passa a ser um “dador” de aulas, que entra na sala quase sempre de forma mecânica para cumprir suas muitas jornadas de trabalho. Sua voz tende a ser a da repetição – e não a da criação, da discussão, da produção de conhecimentos.
Mas as reformas também pouco se preocupam com a prática do professor, com sua experiência de trabalho; afinal, dizem os dirigentes, é preciso instrumentalizá-lo para que exerça sua profissão com qualidade. Não é necessário pensar, basta um currículo centralizado, um material didático descritivo nas suas mãos e orientações de como transmitir o conteúdo. As avaliações de massa servem para que os alunos se comparem quanto a seu desempenho no jogo do mercado educacional e assim busquem, por vontade própria, aprender o não aprendido ou mudar de escola ou de professor. E assim vamos seguindo de reforma em reforma, de cima para baixo, tentando fazer da profissão docente uma peça na engrenagem constituída de fora para dentro das salas de aulas.
Então por que os professores não se expressam sobre suas condições de trabalho, sobre as mudanças que julgam necessárias, sobre o ofício de docente? Em conversas com jornalistas sobre a ausência da voz do professorado nas reportagens e matérias sobre políticas educacionais, foi identificado o tolhimento da sua expressão livre, baseado em mecanismos repressivos explícitos ou não.
Uma das formas de tolhimento da voz do professor é o Estatuto dos Funcionários Públicos. Conforme levantamento realizado pelo Observatório da Educação da Ação Educativa em 25 estados do País, em 18 deles professores e outros servidores têm sua liberdade de expressão cerceada. O texto varia entre os estados, mas, de modo geral, “tem o mesmo sentido: proíbe que funcionários públicos emitam publicamente opinião a respeito de atos da administração. Na prática, o estatuto permite que a crítica a uma política pública de educação, por exemplo, seja punida como referência depreciativa”. Dos 18 estados identificados, em 10 os estatutos foram produzidos durante a ditadura militar e até o momento não houve revogação; nos outros 8 estados, as leis já nasceram inconstitucionais, pois foram elaboradas na década de 1990.
Aplicado ou não o estatuto nos dias de hoje, a grande verdade é que ele permanece como uma espada sobre a voz pública do professor, condicionando-o a pedir permissão a seus superiores para poder expressar sua opinião, em particular em relação às políticas de seus governos.A escola pública tem sido muito criticada, mas não há condições de resgate da sua qualidade sem a participação ativa dos seus professores e professoras. Participação ativa significa uma participação humanizadora, respeitadora da sua condição de profissional, que é ao mesmo tempo transmissor de conhecimentos, mas fundamentalmente produtor de conhecimentos. Isso significa que respeitar sua dignidade é respeitar sua capacidade de analisar sua prática e construir os instrumentos e conhecimentos necessários a seu aprimoramento como profissional. Só há aprendizagem quando ocorre de dentro para fora, quando o docente se identifica em sua prática cotidiana como profissional e faz dela seu vínculo com seus alunos, com seus colegas, com a comunidade onde a escola está inserida.O professor é o principal elo entre o aluno, sua vida e o conhecimento. Só ele é capaz de impor qualidade; isso significa que seu papel e sua voz são fundamentais. Reformas educativas que não consideram isso tendem a violentar a profissão docente e estão fadadas ao fracasso. Leis que amordaçam o professorado ou criam ambientes de tolhimento da liberdade de expressão tendem a calar a participação docente com sua experiência e conhecimentos como o principal instrumento para a melhoria da escola pública. A voz do professorado é essencial na construção da educação pública, universal e de qualidade; por isso...
Fala, mestra! Fala, mestre!

Educar é...
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009 by Reciclagem de Artigos in

A convidada deste mês para falar sobre educação é Milu Villela, presidente do Instituto Faça Parte, do MASP, do Centro de Voluntariado de São Paulo, da Associação Comunitária Despertar e embaixadora da Boa Vontade da Unesco. Além disso, está engajada no Compromisso Todos Pela Educação, movimento que tem como meta dar acesso ao ensino público de qualidade a todas as crianças e adolescentes brasileiros até 2022. PM - Na sua opinião, o que é educar?MV - Poucos atos são mais transformadores do que o de educar – para quem educa, para quem é educado e para o país. Se houvesse uma consciência em relação a isso, a classe de professores seria uma das mais respeitadas e a educação estaria na condição de política pública preferencial. Quando penso no que é educar, lembro de uma frase dita por Paulo Freire: “Educar é um ato de amor e para educar crianças é necessário, sobretudo, amá-las profundamente.” Acredito nisso também. E é daí que vem a minha paixão pela educação, a fonte da minha energia para trabalhar no Compromisso Todos Pela Educação. PM - O que você acredita estar certo ou errado na escola brasileira?MV - É inegável que, especialmente na última década, avançamos no que se refere à universalização do acesso ao ensino público. Mas ainda temos algo em torno de 800 mil pessoas fora da escola, o que é inadmissível. O maior acesso gerou uma sobrecarga e um inchaço do sistema de ensino público, que não estava preparado para atender ao aumento da demanda. O resultado é a falta de qualidade na educação. Exames revelam que o aluno brasileiro aprende mal. Isso porque alguns fatores da qualidade da educação não estão contemplados. Por outro lado, o MEC e o UNICEF listaram 36 escolas públicas de regiões pobres que mostraram no Prova Brasil um excelente nível de qualidade. Após um estudo detalhado, mostrarão porque elas atingiram tal nível. São boas ações e devem ser reconhecidas. PM - De que maneira a escola pode melhorar? MV - O primeiro passo é tornar a educação básica objeto de política pública prioritária no Brasil. Até a década de 60, Brasil, Coréia e China tinham níveis de educação semelhantes. Hoje, esses países estão muito à nossa frente e, não por acaso, atingiram um estágio de desenvolvimento impressionante. Nações como Espanha, Irlanda e Chile também fizeram a lição de casa e hoje ocupam uma posição de destaque no ranking dos melhores sistemas de ensino do mundo. Temos o que aprender com elas. Outros passos são ampliar o investimento, melhorar a infra-estrutura, desenvolver e aplicar métodos pedagógicos modernos, preparar e motivar os professores, ampliar o turno escolar, garantir o acesso, melhorar a gestão e incentivar a participação de pais e comunidade no processo de educação dos filhos. PM - De que forma as organizações sociais podem ajudar a escola a melhorar a qualidade do ensino oferecido às novas gerações?MV<>/b - As organizações especializadas em educação têm um papel fundamental. Como são normalmente pequenas, ágeis e especializadas compensam o alcance de sua atuação, quase sempre limitado, com um trabalho que reúne – a partir da competência técnica de seus integrantes – uma incrível capacidade de inovação e experimentação que o Estado não tem. Acompanho o bom trabalho desenvolvido por essas organizações no apoio à implantação de novas abordagens pedagógicas, capacitação de professores, gestão escolar e incentivo à participação de pais e comunidades. São aliadas da educação, mas sua atuação precisa ganhar escala. E para isso elas precisam ser reconhecidas pelo governo.

É PRECISO SENTIR A MUDANÇA LA DENTRO!
by Reciclagem de Artigos in

Mudar é um ato de coragem.
É a aceitação plena e consciente de desafio.
É trabalho árduo, para hoje!
É trabalho duro, para agora!
E os frutos só virão amanha quem sabe, tão distante...
Mas quando temos a certeza de estarmos no rumo certo,
A caminha é tranqüila.
E quando temos fé e firmeza de propósitos, é fácil
Suportar as dificuldades do dia-a-dia.
A caminhada é longa.
Muitos ficarão a margem.
Outros vão retirar-se da estrada. É assim mesmo.
Contudo, os que ficarem, chegarão, disso eu tenho certeza.
Olhe bem a seu lado. Estão com você seus colegas de trabalho.
Eles exercem o mesmo papel que você dentro da organização.
Eles também têm problemas e dificuldades como você.
E tem duvidas sobre mudança.
Voce poderá mostrar-lhes como você sente e pensa a respeito das mudanças
Na organização e nas pessoas.
Não feche a janela em que você esta debruçado.
Convide seu colega para estar ao seu lado, para que vocês possam ter a mesma perspectiva.
Todos nos estaremos juntos a cada dia, tentando descobrir novas faces da mudança.
Tenha certeza que, se assim procedermos, dentro de algum tempo estaremos convencidos de que não é tão difícil Mudar...

FORMAÇÃO DE PROFESSORES E TRABALHO PEDAGOGICO
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FORMAÇÃO DE PROFESSORES E TRABALHO PEDAGOGICO:

Já começamos, mais ainda estamos longe do fim.
Começamos por organizar ações pontuais de formação continua, mas evoluímos no sentido de enquadrar num contexto mais vasto de desenvolvimento profissional e organizacional.
Começamos por encarar os professores isolados e a titulo individual, mas evoluímos no sentido de considerar integrados em redes de cooperação e de colaboração profissional.
Passamos de uma formação por catálogos para uma reflexão na pratica e sobre a prática.
Modificamos a nossa perspectiva de um único modelo de formação dos professores para programas diversificados e alternativos de formação contínua.
Mudamos as nossas práticas de investigação sobre os professores para uma investigação com os professores e até para uma investigação pelos professores.
Estamos a evoluir no sentido de uma profissão que desenvolve os seus próprios sistemas e saberes através de percursos de renovação permanente que a definem como uma profissão reflexiva e cientifica.

A “refundação” tem muitos caminhos, mais todos eles passam pelos professores. Esta profissão representou, no passado, um dos lugares onde a idéia de escola foi inventada. No presente, o seu papel é essencial para que a escola seja recriada como espaço de formação individual e de cidadania democrática. Mas, para que tal aconteça, é preciso que os professores sejam capazes de refletirem sobre a sua própria profissão encontrando modelos de formação e de trabalho que lhe permitam, não só afirmar a importância dos aspectos pessoais e organizacionais na vida docente, mas também consolidar as dimensões coletivas da profissão.
É preciso dizer que nesse processo de reconfiguração da profissão docente e de invenção de uma nova identidade profissional a formação contínua ocupa um lugar decisivo. Os professores têm de abandonar uma atitude defensiva e “tomar a palavra” na construção do futuro da escola e da sua profissão.

Os anos 1980 não foram fáceis para os professores, tendo-se acentuado progressivamente os fatores de mal estar profissional. Mais do que uma profissão desprestigiada aos “olhos dos outros”, a profissão docente tornou-se difícil de viver do interior. A ausência de um projeto coletivo, mobilizador do conjunto da classe docente, dificultou a afirmação social dos professores, dando azo a uma atitude defensiva mais própria de “funcionários” do que de “profissionais autônomos”
A tendência para separar a concepção da execução pedagógica legitima a intervenção dos especialistas científicos retirando dos professores margens importantes de autonomia profissional, e a tendência no sentido da intensificação do trabalho dos professores com um sobrecarga permanente de atividades que leva os professores a realizar apenas o essencial para cumprir a tarefa que tem entre mãos, apoiando-se cada vez mais nos especialistas a esperarem que lhes digam o que fazer, iniciando-se um processo de depreciação da experiência e das capacidades dquiridas aos longo dos anos.
A qualidade cede lugar á quantidade. Perdem-se competências coletivas á medida que se conquistam competências administrativas. É a estima profissional que esta em jogo, quando o próprio trabalho se encontra dominado por outros atores.
A formação contínua pode desempenhar um papel importante na configuração de uma “nova” profissionalidade docente, estimulando a emergência de uma cultura profissional dos educadores e uma cultura organizacional das escolas.
Torna-se cada vez mais evidente, no mundo do trabalho, que a formação é um excelente instrumento quando se trata de adaptar á mudança, mas que é insuficiente para impulsionar, não condiz diretamente á ação inovadora, é preciso ter consciência desse fato, é uma intervenção educativa com uma nova visão paradigmática da formação contínua dos professores, entendida como uma variável essencial ao desenvolvimento das pessoas e das organizações.
Tem se ignorado sistematicamente o eixo do desenvolvimento pessoal confundindo “formar” e “forma-se” não compreendendo que a lógica da atividade educativa nem sempre coincide com as dinâmicas próprias da formação.
A formação tem como eixo de referencia o desenvolvimento profissional dos professores.
A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexidade critica sobre as praticas e de (re) construção permanente de ima identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência. A teoria fornece-nos indicadores e grelhas de leitura, mas o saber de referencia está ligado á sua experiência e á sua identidade.
O trabalho centrado na pessoa do professor e na sua experiência é particularmente relevante nos períodos de crise e de mudança, pois uma das fontes mais importantes do stress é o sentimento de que não se dominam as situações e os contextos de intervenção profissional. É preciso um tempo para acomodar as inovações e as mudanças, para refazer as identidades.
Na vida quotidiana, freqüentemente pensamos sobre o que fazemos ao mesmo tempo que atuamos. Schon chama a este componente do pensamento prático, reflexão na ação.
A reflexão sobre a ação e sobre a reflexão na ação é a análise que o individuo realiza a posteriori sobre as características e processos da sua própria ação.
Os momentos de balanço retrospectivo sobre os percursos pessoais e profissionais são momentos em que cada um produz a “sua” vida, o que no caso dos professores é também produzir a “sua” profissão.
Investir a profissão e os seus saberes
Práticas de formação contínua organizada em torno dos professores individuais podem ser úteis para a aquisição de conhecimentos e de técnicas, mas favorecem o isolamento.
Praticas de formação que tomem como referencia as dimensões coletivas contribuem para a emancipação profissional e para a consolidação de uma profissão que é autônoma na produção dos seus saberes e dos seus valores.
Vivemos em uma época onde a busca por conhecimento é condição indispensável para o sucesso pessoal e profissional e neste contexto a atuação do professor na formação continuada possibilita desenvolver, multiplicar e aproveitar os talentos existentes em um processo de educação que abre perspectivas interessantes para o magistério ao oferecer condições de tratar a capacitação docente não apenas sob o viés da titulação e da pesquisa, mas da atualização, do contínuo aprimoramento, da revisão constante de sua prática, da troca de experiência com seus pares. Pouco se cumprem sua missão de educação e formação continuada. Porem todas as áreas de educação necessitam de um sistema aprimorado de formação de seus professores que privilegie a construção da formação do seu docente, em todos os seus aspectos, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento da autonomia e da identidade profissional.
. Neste sentido, a formação destes profissionais deveria abarcar os vários saberes necessários ao exercício da docência, que segundo Tardif (2005) são os saberes das disciplinas, os saberes curriculares, os saberes pedagógicos e os saberes da experiência.

GAZETA/Cara de bravo/Motivação individual
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GAZETAUm prêmio dado com freqüência na maioria das empresas é a folga. Quer seja uma hora ou uma tarde, quer seja um fim de semana prolongado ou uma licença de seis meses, essa forma de reconhecimento é valorizada em todo o mundo por quem trabalha.• Dê uma pausa extra.• Conceda ao colaborador um intervalo de almoço de duas horas e pague a sobremesa.• Autorize almoços de duas horas por uma semana ou um almoço de duas horas uma vez por semana durante um mês.• Permita que os funcionários tirem um dia de folga.• Libere um fim de semana prolongado.• Ofereça espontaneamente intervalos de folga por realizações específicas.• Proporcione uma semana de folga a uma pessoa e organize as coisas de modo que o trabalho dela seja realizado.Fonte: Bob Nelson. 1001 maneiras de premiar seus colaboradores. Ed. Sextante.
Cara de bravoNão deixe que sua expressão transmita sentimentos que você, na verdade, não está sentindo. Confira essas dicas para suavizar a expressão:• Observe no decorrer do dia as mudanças de expressão diante dos acontecimentos corriqueiros e das situações difíceis. Quais são as caretas? O que estão ocasionando? • Relaxe os músculos faciais, solte a testa, a expressão dos olhos, o maxilar. Repita a ação quantas vezes for possível.• Depois da conscientização, evite mímicas repetitivas.• O uso de óculos escuro é de suma importância diante de qualquer claridade.• Abandone o cigarro. Fumantes costumam ter rugas ao redor do lábio.Fonte: Clínica Movimento Corporal
Motivação individualA parte que nos cabe, para estarmos motivados, é 80% – deve partir de nós a vontade de vencer, de melhorar, de crescer. As outras pessoas, a empresa, a chefia, a sociedade, a família e tudo que nos cerca tem menor influência em nossa motivação do que a capacidade de ação e reação de cada pessoa. Motivação tem a ver com querer fazer, com vontade, com interesse, com iniciativa e isso depende mais de você do que dos outros. Por isso, é comum vermos pessoas em ambientes espetaculares e desmotivadas. Outros com tantas possibilidades de ser feliz, mas ainda assim desanimados. Criam uma expectativa maior no que está em volta e esquecem que o grande fator desencadeador da motivação está na própria pessoa. Ninguém será capaz de motivar alguém a aprender alguma coisa, se esse não tiver interesse ou necessidade d e aprender.

Luis é o tipo de cara que você gostaria de conhecer”.
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“Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer”
Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo: “Ah.. Se melhorar, estraga”. Ele era um gerente especial em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis
estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.
Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei: “Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo”. “Como faz isso” ?
Ele me respondeu: “A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo”: “Luis, você tem duas escolhas hoje: Pode ficar de bom humor ou de mau humor.
Eu escolho ficar de bom humor”.
Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo.
Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação
ou mostrar o lado positivo da vida. Certo, mas não é fácil - argumentei. É fácil sim, disse-me Luis.
A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo,
toda situação sempre oferece escolha.
Você escolhe como reagir às situações.
Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver sua vida. Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.
Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes.
Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo,
desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo. Encontrei Luis mais ou menos por acaso.
Quando lhe perguntei como estava, respondeu: “Se melhorar, estraga”. Contou-me o que havia acontecido perguntando: “Quer ver minhas cicatrizes”?
Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto. A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu.
Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas:
“Poderia viver ou morrer”. “Escolhi viver”!
Você não estava com medo? Perguntei. “Os para-médicos foram ótimos”.
“ Eles me diziam que tudo ia dar certo e que ia ficar bom”.
“Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras,
fiquei apavorado”.
Em seus lábios eu lia: “Esse aí já era”. Decidi então que tinha que fazer algo.
O que fez?Perguntei. Bem. Havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.
Eu respondi: "sim". Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei; “Sou alérgico a balas”! Entre risadas lhes disse:
Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto”.
Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos...
mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.
E com isso, aprendi que todos os dias, não importa como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente. Afinal de contas,
“ATITUDE É TUDO”.
TENHA UMA EXCELENTE VIDA !

Noções do saber-fazer Psicopedagogia
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O que é a psicopedagogia?
A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.
Quem são os psicopedagogos?
São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.

Onde atuam?
O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).
Como se dá o trabalho na clínica?
O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), histórias, material pedagógico etc. Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá atrapalhar a investigação. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.

O diagnostico é composto de quantas sessões?
Geralmente faz-se o diagnóstico entre 8 a 10 sessões. O ideal é que haja duas sessões por semana.

E depois do diagnóstico?
O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso. Ele poderá perceber também, que o problema esteja na escola, então possivelmente ele recomendará uma troca de escola.

E o tratamento psicopedagógico?
O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo. Neste caso, este último solicitará o informe psicopedagógico para análise.Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem.O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e pode dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.O psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões.
Como se dá o trabalho na Instituição?
O psicopedagogo na instituição escolar poderá:- ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas; - ajudar na elaboração do projeto pedagógico; - orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem; - realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem; - encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos; - conversar com os pais para fornecer orientações;- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.
O que é fundamental na atuação psicopedagógica?
A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”. O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.

NOVAS CARACTERISTICAS DO PROFESSOR
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De acordo com Nóvoa, há quatro tipos de disposições que os professores devem adotar na prática pedagógica: relacionais, organizacionais,reflexivas e deliberativas

Reflexivas – Para ele, a formação reflexiva é a única forma de se reagir a profusão de cursos, seminários, técnicas e novos métodos que são oferecidos hoje aos professores. “A bagagem essencial do professor é seu repertório profissional que é adquirido pela prática. Porém, não é a prática por si só que é formadora, ela deve sempre ser acompanhada da reflexão sobre a experiência,pois é a reflexão sobre a experiência que é formadora e não a experiência por si só”.
Por esse motivo, o terceiro ponto que Nóvoa traz sobre formação de professores, ele designa como a importância de uma formação mútua baseada na compreensão e no diálogo profissional. Esse diálogo pode possibilitar que a formação não seja mais uma exigência, mais uma tarefa para cumprir num dia-a-dia tão carregado, mas que seja um instrumento para o professor, uma maneira de ele compartilhar experiências e encontrar conforto pessoal e, ao mesmo tempo, alguma forma de intervenção no espaço da escola.
Para o educador de Portugal, a necessidade e a cobrança de um professor reflexivo apresentam muitas contradições. A principal é que desde que se começou a falar em professor reflexivo, nos últimos quinze anos, os professores passaram, em regra geral, a ter menos tempo para refletir e isso é uma incoerência, pois a matéria prima do professor reflexivo é o tempo. “Sem tempo não há reflexão nem professor reflexivo. É uma contradição impressionante que justamente quando se fala mais de professor reflexivo, ele tenha menos tempo de exercer essa sua capacidade”, diz.
De acordo com Nóvoa, nada disso tem sentido se as mudanças teóricas não vierem acompanhadas de uma mudança concreta das escolas, “da logística, da organização das escolas, da organização dos horários dos professores, das condições de trabalho do professor”, diz.
Deliberativas – Segundo o professor da Universidade de Lisboa, este conceito é um contraponto a outros conceitos que têm sido utilizados para definir o trabalho dos professores, não como ode meros transmissores, mas como transformadores de conhecimento. O educador cita dois conceitos importantes: transposição didática (de Yves Chevallard) e transposição pragmática (de Phillipe Perrenoud) que estão presentes no discurso educativo para explicar a função da escola e dos professores. O conceito de transposição didática trata da idéia da transposição do conhecimento científico em conhecimento escolar. Já o conceito de transposição pragmática, trazido por Perrenoud, acrescenta a esse processo de transposição o confronto enfrentado pelos professores na sua prática, como a imprevisibilidade do fazer pedagógico, gerado pela necessidade desse em encontrar soluções rápidas e práticas no espaço pedagógico. Nóvoa propõe um terceiro conceito importante
para se pensar na formação, definido por ele por conceito de transposição deliberativa que reforça a idéia de que os professores precisam ser capazes de conhecer e de trabalhar o aspecto cultural e outros aspectos do domínio da ética e dos valores. Para ele, o que define o trabalho do professor não é só a transposição dos saberes, como proposto por Chevallard, e não só a mobilização prática desses saberes em contexto pedagógico, como propõe Perrenoud, mas a junção dessas duas coisas numa terceira dimensão: a dimensão ética, cultural e de valores. Ele afirma que algumas das pesquisas mais interessantes dos últimos tempos na área das neurociências. “A neurociência, com certeza, é a ciência que mais se desenvolveu na última década.” Segundo Nóvoa, muitos resultados dos estudos sobre o cérebro e sobre a aprendizagem contrariam o que os educadores acreditavam e que era convicção pedagógica na virada do século XIX e início do século XX. “Nem sempre se aprende do mais simples para o mais complexo, nem do mais complexo para o mais abstrato, nem sempre se aprende através da razão, muitas vezes se aprende através da emoção, da sensibilidade.” Isto, de acordo com o educador, coloca em xeque um conjunto de pressupostos fundadores das pedagogias e o professor precisa ser preparado para os desafios que surgem através das novas pesquisas científicas. Para concluir, ele faz um apelo aos professores e as autoridades que determinam os planos educacionais: “não embarquem na primeira moda, não acreditem em tudo que lhes tentam vender, só acreditem naquilo que é discutido e construído com os colegas”. Nóvoa fez também um apelo para que os educadores mantenham um diálogo aberto entre si. “Partilhemos nossas dúvidas, nossas angústias, nossas críticas e aflições, pois se é o diálogo que nos mantém vivos, como dizia Paulo Freire, é o diálogo com os colegas que nos faz professores. Esta pode ser a mais difícil, mas é, com certeza, a mais necessária das profissões. Não vale a pena acreditar que podemos transformar tudo. Não podemos. Não vamos conseguir criar uma escola que vai salvar a sociedade. Mas quem é professor não deixa nunca de acreditar, sabe que renunciar às ilusões não quer dizer renunciar às diferenças. Significa nunca deixar de ter esperança tempos foram
Nóvoa aponta que tem havido uma tendência excessiva à culturas infantis, o que define por infantilização da escola, que vem carregada de um objetivo louvável – o de conquistar os alunos e tentar encontrar dinâmicas de motivação mas que traz um problema, pois o que era uma estratégia de ensino, muitas vezes, se transforma no conteúdo do trabalho. Sobre isso, Costumamos dizer que a pedagogia está entalada entre duas matrizes, a psicológica e a sociológica. A matriz pedagógica do século XX foi baseada na idéia de motivação e sedução, na qual o essencial do trabalho do professor era seduzir o aluno para que ele fizesse por vontade própria aquilo que o professor queria. A pedagogia era um jogo de seduções. Até aqui, a pedagogia foi baseada muito nesse jogo de motivações e suposições o que levou a introdução de questões lúdicas primárias como os jogos Montessori, o material Decroly, um conjunto de coisas que foi se fazendo no início do século XX que tinha como essência fazer experiências, métodos, teses para colocar em prática essa dinâmica de motivação ou de sedução. Nessa perspectiva não tenho absolutamente nada contra o jogo e a atividade lúdica. O problema é que nos últimos 20, 30 anos muitas dessas iniciativas deixaram de ser uma estratégia para colocar os alunos em situação de aprendizagem e passaram a ser a essência da escola, que passou a ter, sobretudo, uma função de entretenimento ou de guarda das crianças. A única tese que permite explicar que uma criança, um jovem de quinze anos, que esteve durante nove anos, seis horas por dia, dentro de uma escola e chegou ao fim desse período não sabendo rigorosamente nada, demonstra uma espécie de renúncia de todos os adultos que passaram por ele neste período. Refiro-me à escola e à falta de apoio da família e da sociedade. Hoje, vivemos na pedagogia uma situação que não é meramente de motivação e sedução, mas é o que se pode definir como necessidade de Ressignificar a escola. Isso se faz necessário principalmente nessa época em que o diploma escolar não serve para nada. Essa foi uma das grandes mentiras do século XX, um dos grandes enganos.
Uma armadilha para as classes populares foi dizer que se fizessem grande esforço para ter o diploma escolar, teriam uma vida melhor. Há uma necessidade de Ressignificar o capital e o sentido da escola, pois temos dificuldade em lidar com as crianças. Os professores não são super homens. Há uma dimensão da consciência, do compromisso profissional, que é central em sua fala o educador aponta algo contraditório hoje na educação, designado por ele como a comunitarização da escola – a idéia de que a escola seja o lugar onde se vai trabalhar os laços afetivos, os laços de comunidade, a criação de um espaço vivo e de convivência. Sobre isso diz: “É um debate difícil, pois toca nas crenças existentes no discurso comunitarista sobre a escola. Quem diz que a escola deve estar inserida na comunidade, deve responder às diferenças sociais e culturais, não tem o direito de impor uma cultura, de impor uma forma, deve respeitar as diversas religiões, comportamentos, hábitos. Com esse discurso foi-se perdendo a essência da escola: na escola, os alunos devem aprender as regras sociais e, mais ,importante, devem construir uma cultura comum partilhada. É preciso respeitar as culturas construídas, a diversidade cultural, mas a escola pública só faz sentido se for para valorizar a idéia de uma cultura comum compartilhada. Não uma cultura monolítica ou uma cultura dominante. Do contrário, é melhor que cada comunidade tenha sua escola, cada religião tenha sua escola, cada classe social tenha sua escola. A escola pública toma sentido numa dimensão da aprendizagem das regras de vida em sociedade e do dialogo como um bem Público essencial.” Sobre a questão do modismo na educação, apontada por ele, sobre as novas tendências, em especial o construtivismo, ele diz: “Tenho tendência a olhar do ponto de vista pragmático para a realidade e pensar como é que naquela escola os professores estão organizados, como é que a direção articula ou não com os professores, se há ali alguma coerência no funcionamento. Prefiro olhar para a realidade concreta e ela nos mostra que não há uma prática pedagógica pura, que corresponda a teoria X ou Y.
A prática pedagógica tem relação com experiência de vida e, acima de tudo, com a experiência profissional dos professores. Ela tem relação com a maneira como o professor incorporou e se apropriou de um conjunto de experiências e de ações concretas sobre situações concretas, e como essas coisas se misturam num contexto social e histórico para dar origem à uma determinada realidade. É necessário os professores terem lucidez para serem capazes de ir buscar o que funciona no seu próprio percurso e na sua própria maneira de ser professor e não queiram aderir a práticas porque agora é moda usar isso. A melhor pedagogia é aquela que cola na pele e casa com a sensibilidade do professor. Precisa ver se ela aparenta ter uma maior coerência, uma maior consistência do ponto de vista profissional. Só assim vai valer a pena a prática pedagógica.

NOVENA NOSSA SENHORA DO CARMO
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Santa que Ilumina e Orienta a sua jornada no trabalho e na hora de cuidar do seu lar.

1º dia
Ó Maria, Virgem mãe Imaculada, Rainha do Carmelo, que foste contemplada pelo profeta Elias na nuvenzinha que subia do mar, depois transformada em chuva copiosa, derramai sobre toda a humanidade as graças do vosso coração imaculado e convertei aos pobres pecadores.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

2º dia
Rainha e mãe do Carmelo virgem e mãe imaculada, que durante séculos foste honrada em vossa maternidade divina no monte Carmelo pelo profeta Elias e seus sucessores – os filhos dos profetas – fazei reinar em nossas famílias esta mesma entranhada devoção que torne cada vez mais presentes em nossos lares o vosso Divino filho Jesus que nos guarde, para a vida eterna.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós

3º dia
Ó Maria Imaculada, virgem santíssima do Carmo, que visitastes vossos filhos carmelitas no monte Carmelo, consolando-os dando-lhes graças abundantes, visitai também as nossas almas, ajudando-nos a fugir do pecado e a praticar com amor as obras de misericórdia.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

4º dia
Maria Virgem, imaculada, rainha do Carmelo, lembrai-vos que vossos filhos carmelitas do monte Carmelo após o pentecostes abraçaram o evangelho e o anunciaram por toda parte, ensinando também todos a vos conheceram e amarem, e no monte Carmelo vos consagraram o primeiro templo do mundo em vossa honra, daí-nos muitos missionários, que por toda parte vos façam conhecer para a dilatação do reino de Jesus.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

5º dia
Maria Rainha, e mãe das carmelitas, que lhes destes como penhor da salvação o santo escapulário, nós vos agradecemos e vos suplicamos a graça de viver na fidelidade à lei de Deus para que em nossa morte possamos contar com a vossa presença e ir ao céu contemplar-vos eternamente.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

6º dia
Maria, virgem mãe imaculada, Rainha do Carmelo, que tendes concedido as mais extraordianárias graças através do vosso santo escapulário, ajudai-me a trazê-lo dignamente, conservando a pureza de coração e de costumes, repelindo tudo o quepossa magoar o vosso olhar puríssimo.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.




7º dia
Rainha e Mãe do Carmelo, que fizestes grandes milagres através do santo escapulário, cobri o mundo com esplendor de vosso imaculado coração para que seja enfraquecido o reino do mal e do pecado, e todos os povos se aproximem de vós para imitar vossa pureza e caridade.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

8º dia
Maria Virgem, Mãe Imaculada Rainha do Carmelo, que sempre concedestes as maiores graças aos carmelitas, enviai-nos muitas vocações sacerdotais, religiosas e para o Carmelo secular, para que o vosso nome seja sempre, mais glorificado, para a gloria do vosso filho Jesus Cristo.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

9º dia
Maria, Rainha e Mãe do Carmelo, que velais pela santa igreja com maternal amor, abençoai o santo padre, o nosso bispo, os sacerdotes, os religiosos e todo o povo cristão.
Abençoai a cada um de nós que desejamos vossa proteção agora e na hora de nossa morte.
Ave-Maria... Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Oração final para todos os dias

Bendita e Imaculada Virgem Maria, beleza e gloria do Carmelo, vós que tratais com bondade inteiramente especial aqueles que se vestem do vosso amadissimo hábito, volvei sobre mim também um olhar propicio e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Pelo vosso poder fortificai a minha fraqueza; pela vossa sabedoria esclarecei as trevas do meu espírito, aumentai em mim a Fe, a esperança e a caridade. Ornai a minha alma com as virtudes que me faça agradável ao vosso divino filho e a vós.
Assisti-me durante a vida, consolai-me na morte pela vossa amável presença á Santíssima Trindade, como vosso filho dedicado para vós louvar e bendizer eternamente no paraíso Amem.

O multiculturalismo e o diálogo na educação
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O multiculturalismo e o diálogo na educação
Nas últimas décadas, temos constatado a construção de novos paradigmas educacionais e constante recriação da práxis pedagógica libertadora. Dentro desse contexto educacional a transmissão de conteúdos educativos fora do contexto social do educando é considerada "criadouro de dados" porque não surge do saber popular. A aprendizagem nessa abordagem tem a configuração centrada no aluno, enfatizando a discussão, o diálogo, a comunicação , respeitando o conhecimento do aluno e sua capacidade para assumir a sua própria aprendizagem. Portanto, antes de qualquer coisa, a educação dialógica torna-se importante, pois é necessário conhecer o aluno inserido em um contexto social, conhecer o universo dos educandos, sua bagagem cultural, e, através do diálogo, em parceria com o educando, reinterpretá-los e recriá-los. Neste ponto, considerando que professor e alunos são sujeitos de uma relação recíproca de aprendizagem, torna-se possível diminuir as distâncias, as diferenças e as variações de alcance.
Ao promover o desenvolvimento de visão de mundo, o professor em contato com o aluno, “faz acontecer a educação”, quando essa conexão é mediatizada pelo diálogo. Segundo Moacir Gadotti, há três momentos interdisciplinarmente entrelaçados (método Paulo Freire): a investigação temática pela qual aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia; a tematização pela qual eles codificam e decodificam esses temas; ambos buscam o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido; a problematização na qual eles buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido. Por conta desta interdisciplinaridade, o que advém dos conceitos aqui elencados é que a educação não é apenas uma transmissão de conteúdos entre professor e aluno, mas sim um diálogo entre estes sujeitos, onde todos estão em um ambiente de constante aprendizado. Para Paulo Freire, o fim maior da educação deve ser desenvolvido a partir do diálogo e da consciência, onde as pessoas podem lutar por sua liberdade, contra a máquina opressora do capitalismo. Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que toda aprendizagem é transformadora. A aprendizagem transformadora acontece nas modalidades formal e informal, por uma ação plena de reflexão crítica do aluno e do professor, com embasamento na prática e na ação de suas experiências e de sua interação com o meio social. Neste sentido, o educando é competente em exercer a construção de sua aprendizagem, mobilizando-a para transformar a si próprio, construindo sua alteridade e compreendendo sua identidade. Portanto, a aprendizagem transformadora possibilita que o aluno, aprenda a ser, a viver, a conviver, a conhecer e a fazer, aprendendo a construir e compartilhar. Sob este pano de fundo, a manifestação do multiculturalismo nas análises educacionais, trouxe desafios essenciais às investigações sobre o conhecimento, abrindo possibilidades para se pensar em práticas curriculares e de formação docente voltadas à construção de identidades discente e docente multiculturalmente comprometidas com o ensino/aprendizagem, visando promover o respeito à diferença e à pluralidade cultural.
Finalizando, propomos a realização eficaz de mudanças nos sistemas educacionais enquanto espaços monoculturais, através do desenvolvimento de atitudes, projetos curriculares e idéias pedagógicas, que sejam sensíveis à emergência do multiculturalismo.
Ref: Uma escola, muitas culturas-Moacir Gadotti

O professor pesquisador e reflexivo
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Nome: Antonio Nóvoa
Formação: Doutor em Educação e catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. Alguns livros publicados: - Vida de professores. Porto, Portugal. - Profissão professor. Porto, Portugal. - Os professores e sua formação. Lisboa, Dom Quixote, 1992. - As organizações escolares em análise. Lisboa, Publicações D. Quixote, 1992.

O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática, é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores. Por vezes é um paradigma um bocadinho retórico e eu, um pouco também, em jeito de brincadeira, mais de uma vez já disse que o que me importa mais é saber como é que os professores refletiam antes que os universitários tivessem decidido que eles deveriam ser professores reflexivos. Identificar essas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente, é impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver .
Entrevista com Antônio Nóvoa
Salto: Professor, o que é ser professor hoje? Ser professor atualmente é mais complexo do que foi no passado?
Nóvoa: É difícil dizer se ser professor, na atualidade, é mais complexo do que foi no passado, porque a profissão docente sempre foi de grande complexidade. Hoje, os professores têm que lidar não só com alguns saberes, como era no passado, mas também com a tecnologia e com a complexidade social, o que não existia no passado. Isto é, quando todos os alunos vão para a escola, de todos os grupos sociais, dos mais pobres aos mais ricos, de todas as raças e todas as etnias, quando toda essa gente está dentro da escola e quando se consegue cumprir, de algum modo, esse desígnio histórico da escola para todos, ao mesmo tempo, também, a escola atinge uma enorme complexidade que não existia no passado. Hoje em dia é, certamente, mais complexo e mais difícil ser professor do que era há 50 anos, do que era há 60 anos ou há 70 anos. Esta complexidade acentua-se, ainda, pelo fato de a própria sociedade ter, por vezes, dificuldade em saber para que ela quer a escola. A escola foi um fator de produção de uma cidadania nacional, foi um fator de promoção social durante muito tempo e agora deixou de ser. E a própria sociedade tem, por vezes, dificuldade em ter uma clareza, uma coerência sobre quais devem ser os objetivos da escola. E essa incerteza, muitas vezes, transforma o professor num profissional que vive numa situação amargurada, que vive numa situação difícil e complicada pela complexidade do seu trabalho, que é maior do que no passado. Mas isso acontece, também, por essa incerteza de fins e de objetivos que existe hoje em dia na sociedade.
Salto: Como o senhor entende a formação continuada de professores? Qual o papel da escola nessa formação?
Nóvoa – Durante muito tempo, quando nós falávamos em formação de professores, falávamos essencialmente da formação inicial do professor. Essa era a referência principal: preparavam-se os professores que, depois, iam durante 30, 40 anos exercer essa profissão. Hoje em dia, é impensável imaginar esta situação. Isto é, a formação de professores é algo, como eu costumo dizer, que se estabelece num continuum. Que começa nas escolas de formação inicial, que continua nos primeiros anos de exercício profissional. Os primeiros anos do professor – que, a meu ver, são absolutamente decisivos para o futuro de cada um dos professores e para a sua integração harmoniosa na profissão – continuam ao longo de toda a vida profissional, através de práticas de formação continuada. Estas práticas de formação continuada devem ter como pólo de referência as escolas. São as escolas e os professores organizados nas suas escolas que podem decidir quais são os melhores meios, os melhores métodos e as melhores formas de assegurar esta formação continuada. Com isto, eu não quero dizer que não seja muito importante o trabalho de especialistas, o trabalho de universitários nessa colaboração. Mas a lógica da formação continuada deve ser centrada nas escolas e deve estar centrada numa organização dos próprios professores.
Salto: Que competências são necessárias para a prática do professor?
Nóvoa – Provavelmente na literatura, nos textos, nas reflexões que têm sido feitas ao longo dos últimos anos, essa tem sido a pergunta mais freqüentemente posta e há uma imensa lista competências. Estou a me lembrar que ainda há 3 ou 4 dias estive a ver com um colega meu estrangeiro, justamente, uma lista de 10 competências para uma profissão. Podíamos listar aqui um conjunto enorme de competências do ponto de vista da ação profissional dos professores.
Resumindo, eu tenderia a valorizar duas competências: a primeira é uma competência de organização. Isto é, o professor não é, hoje em dia, um mero transmissor de conhecimento, mas também não é apenas uma pessoa que trabalha no interior de uma sala de aula. O professor é um organizador de aprendizagens, de aprendizagens via os novos meios informáticos, por via dessas novas realidades virtuais. Organizador do ponto de vista da organização da escola, do ponto de vista de uma organização mais ampla, que é a organização da turma ou da sala de aula. Há aqui, portanto, uma dimensão da organização das aprendizagens, do que eu designo, a organização do trabalho escolar e esta organização do trabalho escolar é mais do que o simples trabalho pedagógico, é mais do que o simples trabalho do ensino, é qualquer coisa que vai além destas dimensões, e estas competências de organização são absolutamente essenciais para um professor.
Há um segundo nível de competências que, a meu ver, são muito importantes também, que são as competências relacionadas com a compreensão do conhecimento. Há uma velha brincadeira, que é uma brincadeira que já tem quase um século, que parece que terá sido dita, inicialmente, por Bernard Shaw, mas há controvérsias sobre isso, que dizia que: “quem sabe faz, quem não sabe ensina”.
Hoje em dia esta brincadeira podia ser substituída por uma outra: “quem compreende o conhecimento”. Não basta deter o conhecimento para o saber transmitir a alguém, é preciso compreender o conhecimento, ser capaz de o reorganizar, ser capaz de o reelaborar e de transpô-lo em situação didática em sala de aula. Esta compreensão do conhecimento é, absolutamente, essencial nas competências práticas dos professores. Eu tenderia, portanto, a acentuar esses dois planos: o plano do professor como um organizador do trabalho escolar, nas suas diversas dimensões e o professor como alguém que compreende, que detém e compreende um determinado conhecimento e é capaz de o reelaborar no sentido da sua transposição didática, como agora se diz, no sentido da sua capacidade de ensinar a um grupo de alunos.
Salto: O que é ser professor pesquisador e reflexivo? E, essas capacidades são inerentes à profissão do docente?
Nóvoa – O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores. Por vezes é um paradigma um bocadinho retórico e eu, um pouco também, em jeito de brincadeira, mais de uma vez já disse que o que me importa mais é saber como é que os professores refletiam antes que os universitários tivessem decidido que eles deveriam ser professores reflexivos. Identificar essas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente, é impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver.
Eu diria que elas não são inerentes à profissão docente, no sentido de serem naturais, mas que elas são inerentes, no sentido em que elas são essenciais para a profissão. E, portanto, tem que se criar um conjunto de condições, um conjunto de regras, um conjunto de lógicas de trabalho e, em particular, e eu insisto neste ponto, criar lógicas de trabalho coletivos dentro das escolas, a partir das quais – através da reflexão, através da troca de experiências, através da partilha – seja possível dar origem a uma atitude reflexiva da parte dos professores. Eu disse e julgo que vale a pena insistir nesse ponto.
A experiência é muito importante, mas a experiência de cada um só se transforma em conhecimento através desta análise sistemática das práticas. Uma análise que é análise individual, mas que é também coletiva, ou seja, feita com os colegas, nas escolas e em situações de formação.
Salto: E o professor pesquisador?
Nóvoa – O professor pesquisador e o professor reflexivo, no fundo, correspondem a correntes diferentes para dizer a mesma coisa. São nomes distintos, maneiras diferentes dos teóricos da literatura pedagógica abordarem uma mesma realidade. A realidade é que o professor pesquisador é aquele que pesquisa ou que reflete sobre a sua prática. Portanto, aqui estamos dentro do paradigma do professor reflexivo. É evidente que podemos encontrar dezenas de textos para explicar a diferença entre esses conceitos, mas creio que, no fundo, no fundo, eles fazem parte de um mesmo movimento de preocupação com um professor que é um professor indagador, que é um professor que assume a sua própria realidade escolar como um objeto de pesquisa, como objeto de reflexão, com objeto de análise. Mas, insisto neste ponto, a experiência por si só não é formadora. John Dewey, pedagogo americano e sociólogo do princípio do século, dizia: “quando se afirma que o professor tem 10 anos de experiência, dá para dizer que ele tem 10 anos de experiência ou que ele tem um ano de experiência repetido 10 vezes”. E, na verdade, há muitas vezes esta idéia. Experiência, por si só, pode ser uma mera repetição, uma mera rotina, não é ela que é formadora. Formadora é a reflexão sobre essa experiência, ou a pesquisa sobre essa experiência.
Salto: A sociedade espera muito dos professores. Espera que eles gerenciem o seu percurso profissional, tematizem a própria prática, além de exercer sua prática pedagógica em sala de aula. Qual a contrapartida que o sistema deve oferecer aos professores para que isso aconteça?
Nóvoa – Certamente, nas entrelinhas da sua pergunta, há essa dimensão. Há hoje um excesso de missões dos professores, pede-se demais aos professores, pede-se demais as escolas.
As escolas, talvez, resumindo numa frase (...), as escolas valem o que vale a sociedade. Não podemos imaginar escolas extraordinárias, espantosas, onde tudo funciona bem numa sociedade onde nada funciona. Acontece que, por uma espécie de um paradoxo, as coisas que não podemos assegurar que existam na sociedade, nós temos tendência a projetá-las para dentro da escola e a sobrecarregar os professores com um excesso de missões. Os pais não são autoritários, ou não conseguem assegurar a autoridade, pois se pede ainda mais autoridade para a escola. Os pais não conseguem assegurar a disciplina, pede-se ainda mais disciplina a escola. Os pais não conseguem que os filhos leiam em casa, pede-se a escola que os filhos aprendam a ler. É legítimo eles pedirem sobre a escola, a escola está lá para cumprir uma determinada missão, mas não é legítimo que sejam uma espécie de vasos comunicantes ao contrário. Que cada vez que a sociedade tem menos capacidade para fazer certas coisas, mais sobem as exigências sobre a escola.
E isto é um paradoxo absolutamente intolerável e tem criado para os professores uma situação insustentável do ponto de vista profissional, submetendo-os a uma crítica pública, submetendo-os a uma violência simbólica nos jornais, na sociedade, etc. o que é absolutamente intolerável. Eu creio que os professores podem e devem exigir duas coisas absolutamente essenciais que são:
· Uma, é calma e tranqüilidade para o exercício do seu trabalho, eles precisam estar num ambiente, eles precisam estar rodeados de um ambiente social, precisam estar rodeados de um ambiente comunitário que lhes permita essa calma e essa tranqüilidade para o seu trabalho. Quer dizer, não é possível trabalhar pedagogicamente no meio do ruído, no meio do barulho, no meio da crítica, no meio da insinuação. É absolutamente impossível esse tipo de trabalho. As pessoas têm que assegurar essa calma e essa tranqüilidade.
· E, por outro lado, é essencial ter condições de dignidade profissional. E esta dignidade profissional passa certamente por questões materiais, por questões do salário, passa também por boas questões de formação, e passa por questões de boas carreiras profissionais. Quer dizer, não é possível imaginar que os professores tenham condições para responder a este aumento absolutamente imensurável de missões, de exigências no meio de uma crítica feroz, no meio de situações intoleráveis, de acusação aos professores e às escolas.
Eu creio que há, para além dos aspectos sociais de que eu falei a pouco – e que são aspectos extremamente importantes, porque no passado os professores não tiveram, por exemplo, os professores nunca tiveram situações materiais e econômicas muito boas, mas tinham prestígio e uma dignidade social que, em grande parte completavam algumas dessas deficiências – para além desses aspectos sociais de que eu falei a pouco e que são essenciais para o professor no novo milênio, neste milênio que estamos, eu creio que pensando internamente a profissão, há dois aspectos que me parecem essenciais. O primeiro é que os professores se organizem coletivamente – e esta organização coletiva não passa apenas, eu insisto bem, apenas pelas tradicionais práticas associativas e sindicais – passa também por novos modelos de organização, como comunidade profissional, como coletivo docente, dentro das escolas, por grupos disciplinares e conseguirem deste modo exercer um papel com profissão, que é mais ampla do que o papel que tem exercido até agora. As questões dos professorado enquanto coletivo parecem-me essenciais. Sem desvalorizar as questões sindicais tradicionais, ou associativas, creio que é preciso ir mais longe nesta organização coletiva do professorado.
O segundo ponto – e que tem muito a ver também com formação de professores – passa pelo que eu designo como conhecimento profissional. Isto é, há certamente um conhecimento disciplinar que pertence aos cientistas, que pertence às pessoas da história, das ciências, etc., e que os professores devem de ter. Há certamente um conhecimento pedagógico que pertence, às vezes, aos pedagogos, às pessoas da área da educação que os professores devem de ter também. Mas, além disso há um conhecimento profissional que não é nem um conhecimento científico, nem um conhecimento pedagógico, que é um conhecimento feito na prática, que é um conhecimento feito na experiência, como dizia há pouco, e na reflexão sobre essa experiência.
A valorização desse conhecimento profissional, a meu ver, é essencial para os professores neste novo milênio. Creio, portanto, que minha resposta passaria por estas duas questões: a organização como comunidade profissional e a organização e sistematização de um conhecimento profissional específico dos professores.
Salto: O senhor diz em um texto que a sua intenção é olhar para o presente dos professores, identificando os sentidos atuais do trabalho educativo. Em relação ao Brasil o que o senhor vê: o que já avançou na formação dos professores brasileiros e o que ainda precisa avançar?
Nóvoa – É muito difícil para mim e nem seria muito correto estar a tecer grandes considerações sobre a realidade brasileira. Primeiro porque é uma realidade que, apesar de eu cá ter vindo algumas vezes, que eu conheço ainda mal, infelizmente, espero vir a conhecer melhor e, por outro lado, porque não seria (...) da minha parte tecer grandes considerações sobre isso.
No entanto, eu julgo poder dizer duas coisas. A primeira é que os debates que há no Brasil sobre formação de professores e sobre a escola são os mesmos debates que se tem um pouco por todo mundo. Quem circula, como eu circulo, dentro dos diversos países europeus, na América do Norte e outros lugares, percebe que estas questões, as questões que nos colocam no final das palestras, as perguntas que nos fazem são, regra geral, as mesmas de alguns países para os outros. Não há, portanto, uma grande especificidade dos fatos travados no Brasil em relação a outros países do mundo e, em particular, em relação a Portugal.
Creio que houve, obviamente, avanços enormes na formação dos professores nos últimos anos, mas houve também grandes contradições. E a contradição principal que eu sinto é que se avançou muito do ponto de vista da análise teórica, se avançou muito do ponto de vista da reflexão, mas se avançou relativamente pouco das práticas da formação de professores, da criação e da consolidação de dispositivos novos e consistentes de formação de professores. E essa decalagem entre o discurso teórico e a prática concreta da formação de professores é preciso ultrapassá-la e ultrapassá-la rapidamente. Devo dizer, no entanto, também, que se os problemas são os mesmos, se as questões são as mesmas, se o nível de reflexão é o mesmo, eu creio que a comunidade científica brasileira está ao nível das comunidades científicas ou pedagógicas dos outros países do mundo. Se essas realidades são as mesmas é evidente que há um nível, que eu diria, um nível material, um nível de dificuldades materiais, de dificuldades materiais nas escolas, de dificuldades materiais relacionadas com os salários dos professores, de dificuldades materiais relacionadas com as condições das instituições de formação de professores que são, provavelmente, mais graves no Brasil do que em outros países que eu conheço.
Terão aqui, evidentemente, problemas que têm a ver com as dificuldades históricas de desenvolvimento da escola no Brasil e das escolas de formação de professores e que, portanto, é importante enfrentá-los e enfrentá-los com coragem e enfrentá-los de forma não ingênua, mas também de forma não derrotista. Creio, por isso, que devemos perceber que no Brasil, como nos outros países, as perguntas são as mesmas, as nossas empolgações são as mesmas, mas é verdade que há aqui por vezes dificuldades que eu chamaria de ordem material, maiores do que as existem em outros países e que é absolutamente essencial que com a vossa capacidade de produzir ciência, com a vossa capacidade de fazer escola e com a vossa capacidade de acreditar como educadores possam ultrapassar essas dificuldades nos próximos anos. E esses são, sinceramente, os meus desejos e na medida que meu contributo, pequeno que ele seja, possa ser dado, podem, evidentemente, contar comigo para essa tarefa.
(Entrevista concedida em 13 de setembro 2001)

CARACTERÍSTICAS QUE VALORIZAM O PROFESSOR
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A rede particular não promove concursos para escolha do corpo docente, é criteriosa na hora da seleção. As escolas avaliam currículos, fazem entrevistas detalhadas e observam as aulas ministradas pelos candidatos. O mínimo que esperam do professor é que domine o conteúdo de sua disciplina, saiba planejar bem suas aulas e consiga avaliar o aluno de maneira global. Mas isso não é tudo.
O professor não baseia suas aulas unicamente em livros didáticos. Comentários sobre reportagens vistas pela turma no telejornal do dia anterior ou as razões que levaram um aluno a praticar um ato de violência podem ser igualmente
enriquecedores.
Para dar conta de atividades como essas, o professor precisa estar muito bem preparado.
A seguir, eis algumas características e requisitos referentes à prática do professor muito valorizados no dias atuais.
EXPERIÊNCIA ANTERIOR As escolas evitam contratar o professor que passa pouco tempo em cada emprego, mudando constantemente de metodologia. Permanecer em uma escola o tempo suficiente para propor um trabalho e concluí-lo é essencial.

CONHECIMENTO DE INFORMÁTICA
Na maioria das escolas particulares, já na Educação Infantil, as crianças têm aula em laboratórios de informática. Mas não basta saber operar um computador. É preciso utilizá-lo como uma ferramenta no desenvolvimento de habilidades e enriquecer as aulas de forma criativa e interessante, complementando o conteúdo curricular.
LEITURA VARIADA Estar bem informado é requisito básico para qualquer profissional. Para o professor então é um requisito básico para sua atuação. Jornais, revistas e livros de literatura (essenciais para a formação cultural) são algumas opções de informações atuais. Obras sobre Educação são um capítulo à parte. Por meio desse tipo de leitura o docente pode se atualizar profissionalmente, conhecendo novas metodologias e os resultados das últimas pesquisas em sua área.
ATUALIZAÇÃO CONSTANTE
É importante se reciclar por meio de cursos, seminários e palestras. Os temas podem ser relacionados à disciplina específica lecionada pelo professor ou temas que não fazem parte diretamente de sua atuação, mas que estão ligados à Educação de forma geral.

POSTURA PESSOA Bom relacionamento interpessoal é fundamental em qualquer área de atuação. O professor também deve ter facilidade para estabelecer relações saudáveis em seu ambiente de trabalho e com seus colegas. Assim a escola também ganha nos resultados em projetos interdisciplinares.
DOMÍNIO DE CLASSE O professor deve estabelecer regras junto com sua turma. Cabe a ele fazer valer essas regras de maneira justa e democrática. É preciso mostrar aos estudantes as conseqüências de suas atitudes na classe, na escola e na sociedade.
CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
De acordo com os critérios da escola, será avaliado o perfil do professor. Se a escola for católica, escolherá o professor que dá importância a valores como a solidariedade (apesar de que a maioria das escolas, católicas ou não, trabalham com valores humanos). Porém, há características valorizadas de maneira geral em qualquer escola, como a criatividade, o dinamismo, a flexibilidade e a capacidade de se adaptar à mudanças.
DOMÍNIO DE LÍNGUAS
Dominar o inglês, principalmente para facilitar o acesso a fontes de informação diversificadas, inclusive a Internet, tem sido cada vez mais importante.
Fundamental, no entanto, é falar e escrever corretamente o Português.

Fonte: Fundação Vitor Civita – São Paulo - Brasil
Maria Elaine A. Cambraia – Educadora, psicóloga e professora. Diretora do site Gestão Educacional.
Contato com a autora: elaine@gestaoeducacional.net

O planejamento educacional
by Reciclagem de Artigos in

O planejamento educacional torna-se necessário, tendo em vista as finalidades da educação; mesmo porque, é o instrumento básico para que todo o processo educativo desenvolva sua ação , num todo unificado, integrando todos os recursos e direcionando toda ação educativa. Somente com a elaboração do planejamento se pode estabelecer o que se deve realizar para que as finalidades possam ser atingidas. Sem o planejamento não é possível estipular metas e sem metas, os objetivos da educação não são alcançados.
O planejamento deve ser apenas norteador do processo, e não delimitador, deve adequar-se a cada realidade educativa. Cada escola precisa adequar os planejamentos a realidade de sua região, fazendo isso, estará respeitando também a realidade de seus alunos. Essa adequação tornará o processo educativo muito mais eficaz. Se os planejamentos tiverem como meta principal o indivíduo, o processo educativo terá mais condições de atender aos anseios do educando e assim tornar-se mais eficiente em seus objetivos educacionais. A jornada educativa não é fácil, é necessário amor e sensibilidade para continuar buscando os melhores resultados no processo educativo.
O Planejamento Educacional é importante para direcionar e equilibrar o que vai ser realizado, evitando a improvisação e estabelecendo caminhos para nortear a vida.Para se planejar com êxito é preciso empenho daquele que planeja. Dedicação é um fator fundamental na elaboração de um plano. O planejamento educacional é a bussola para que o docente realize bem suas apresentações, sem ele o educador não executa com firmeza seus objetivos

Que tipo de profissional você quer ser?
terça-feira, 29 de dezembro de 2009 by Reciclagem de Artigos in

Que tipo de profissional você quer ser?

Há classificações para quase tudo. Generalizações que procuram reduzir o mundo em grupos, conjuntos ou perfis. Didaticamente, quando usado para estudos é muito útil. Porém, em outros casos são muito tendenciosos. Há uma forte propensão em cair na rotulação e no preconceito, sem muitas vezes percebermos que ninguém é apenas isto ou aquilo. Temos um pouquinho de cada coisa. Mas, normalmente, temos um número de características mais concentrado em determinado grupo ou classificação. O objetivo é levantar uma reflexão e não rotular pessoas. Em uma das citações foi dito que o mundo está dividido em três classes:
· os que fazem as coisas acontecerem;
· os que observam as coisas acontecerem;
· os que não sabem o que está acontecendo.
Minha pergunta é: em qual delas você está? Ninguém vai é 100% só uma classe. Assim como ninguém vai estar igualmente dividido entre as três. Dependendo da situação podemos ter um comportamento diferente. Mas, podemos identificar nossa tendência. O que desejo é levá-lo a refletir sobre qual tipo de comportamento tem sido o seu quanto à sua formação e seu futuro.
Você têm sido diretor, espectador ou fantoche? A grande maioria das faculdades não têm foco em desenvolvimento de competências, formam indivíduos teóricos. A tendência de desenvolvimento de competências tem sido bastante debatida na educação brasileira. Ainda assim, do campo das discussões à prática pouco se tem visto. Então o que fazer? Você pode assumir a responsabilidade em fazer (diretor), esperar para ver no que vai dar (espectador) ou mesmo dizer que não entendeu o que este texto está dizendo (fantoche). Qual a sua escolha? Se você se decidiu em assumir esta responsabilidade vamos descobrir como trabalhar com competências em sua formação. Sua primeira tarefa será definir quais são as competências essenciais à sua profissão. Antes será necessário definirmos competências no contexto profissional ao qual estamos tratando. "Competências: Uma Bússola para sua Carreira" usarei a definição de Ênio Resende que escreve: "competência é a aplicação de um ou mais dos requisitos de conhecimentos, experiências, aptidões, habilidades, motivos, interesses, etc., com obtenção de resultados práticos"
A formação superior tem oferecido apenas uma parcela do que vem a ser competência. Trata-se do conhecimento, ou seja, a teoria de como as coisas acontecem. As habilidades (prática, know-how) são muito negligenciadas. A questão das atitudes (comportamentos) então nem se diga. Como você não vai ficar esperando alguém fazer isto por você aprenda a "fazer CHA". Isto mesmo, C-H-A: Conhecimento, Habilidade e Atitude. São o saber, o saber fazer e o querer fazer respectivamente.
É muito pouco provável que você encontre esta descrição em livros. Outro ponto importante é que há dois grupos de competências: as essenciais - que estamos trabalhando aqui - e outro grupo que varia de instituição para instituição, ou seja, estão ligadas aos valores de certas empresas e organizações.
Para descobrir o que é importante é preciso muita pesquisa e principalmente conversa (ou se preferir entrevista) com profissionais de sua área e da área de RH. Pergunte a si mesmo e aos outros: Na minha profissão que conhecimentos são fundamentais? Quais são diferenciais? Algum deles não são oferecidos na faculdade? Como adquirí-los? Quanto à prática quais são as mais relevantes para me inserir no mercado de trabalho logo que formado? Quais os caminhos que pessoas de sucesso fizeram para desenvolver estas habilidades? E, principalmente, quais as atitudes que me levarão a lograr êxito nesta carreira? Muitos são os caminhos para desenvolver suas competências. Cursos, palestras, estágios são os mais comuns. Porém competências podem ser desenvolvidas por meio de vários outros meios. Um esporte específico pode ajudá-lo a melhorar seu espírito de equipe.
Um curso aparentemente sem nenhuma ligação com sua profissão pede servir para o aprimoramento de certas atitudes. Não acredite que isto só deva ser feito no final da faculdade ou depois de formado. Quanto mais cedo, maiores suas chances de fazer acontecer. Tenha metas e objetivos definidos para não ser apenas mais um "canudo" no mercado. É muito provável que o grupo ao qual você se identificou no início deste artigo vai refletir sobre o tipo de profissional que você irá ser. Contudo, o mais importante é saber que esta classificação não é definitiva e imutável. É possível trocar de grupo e isto só depende de você. Seja o diretor de sua vida, profissão e futuro.
Não espere. Faça acontecer!

. Conseguir melhorar de cargo dentro de uma empresa depende do funcionário conhecer e desenvolver suas próprias habilidades.
Para crescer profissionalmente, é preciso muito mais que reconhecer as próprias habilidades, é necessário desenvolvê-las! O importante é se dedicar e se esforçar.
em cargos de comando, é preciso ter "as melhores pessoas trabalhando com você, pessoas que possui potencial e perfil para assumir as novas responsabilidades. "Isso mostra que seu trabalho é reconhecido e que o mercado precisa de uma renovação, não só de pessoas, mas nos processos, na forma de gestão", E essa crença dá força para crescer como pessoa, e profissional dentro da empresa".
“Quando você atua na área certa, seu trabalho tem um resultado muito superior”. Uma dica é ler sempre. "Muita gente lê, mas não coloca em prática. Se você fica muito preso somente no trabalho que você faz, você tem uma visão limitada. É preciso olhar os fatos da empresa como se estivesse no morro e ter humildade de ver seus erros, as melhorias e motivar as pessoas para que as mudanças possam acontecer. Se você não consegue ter uma visão do processo com um todo (processos, equipamentos e pessoas) não tem jeito"

"Acho que o profissional precisa saber onde quer chegar. Após definido isso, ele tem que saber como chegar lá e desenvolver-se para tal, apresentando resultados. A grande questão é enxergar as oportunidades que a realidade oferece, para conseguir ascensão na empresa em que trabalha. Hoje, as pessoas sabem que a exigência é maior. Você vê o seu colega se qualificando e você estagnado, então, as pessoas vêem nos outros o modelo. E isso acontece em qualquer empresa", Um segundo ponto a ser pesquisado é identificar quais são seus talentos e desenvolvê-los. Hoje, você tem que se mostrar. “É importante o autoconhecimento, a conduta, a organização, a disciplina, o comprometimento, os valores e o papel social”.
Gostar do que faz, buscar a realização pessoal é fato para conseguir mostrar um bom trabalho. Mas ainda existem pessoas que trabalham sem motivação. A pessoa tem que ver o que vai estar buscando não só profissionalmente mas na vida dela também.
Como anda sua habilidade para tomar decisões? Saiba que decidir é a tarefa mais praticada por um alto executivo
Para viver, tomamos muitas decisões todos os dias. Algumas exigem muito pouco de nós, e por isso, acontecem de forma automática e nos passam quase que despercebidas. Há decisões, entretanto, que recebem um foco maior de nossa parte porque implicam em maiores riscos e, conseqüentemente, trazem uma possibilidade de sermos notados e crescermos profissionalmente.
O mercado de trabalho anda vendo com bons olhos os profissionais que demonstram boa capacidade para tomada de decisões. Esta competência tem pesado na hora das empresas decidirem o nome de quem será promovido a um cargo onde será exigida uma maior responsabilidade e, como resultado, vem o reconhecimento e, também, uma remuneração mais atraente.
Com base nisto, considero útil que um profissional procure mapear com certa freqüência o quanto tem demonstrado envolvimento nas tomadas de decisão mais difíceis em seu setor de trabalho. Quem de fato quer conquistar uma expansão na carreira profissional, não pode ficar esperando ser convidado para ocupar um cargo de chefia para, somente então, começar a desenvolver a habilidade de decidir frente a problemas complicados.
Profissionais que têm pensamento do tipo "Não tenho nada a ver com isto" ou "Deixa que eles resolvam" perdem a oportunidade de demonstrar desenvoltura e capacidade de se responsabilizar por soluções que beneficiariam todo um grupo de trabalho. Quando um profissional se isola e "tira seu time de campo", perde a chance de mostrar a que veio e do que é capaz.
Por outro lado, antes de sair se envolvendo em processos de tomada de decisão, reflita sobre algumas dicas que podem contribuir para que suas decisões sejam mais acertadas:
· Tenha o objetivo claro: Tomar decisões sem antes saber aonde se quer chegar parece uma colocação óbvia, mas não é o que se vê na prática. Saiba exatamente qual é o problema e o foco a ser resolvido.
· Reúna alternativas: Antes de fazer escolhas, recolha o maior número possível de alternativas. Às vezes, um profissional se precipita por temer ser visto como lento e pouco assertivo nas tomas de decisão.
· De olho no tempo certo: Do que valerá uma excelente decisão tarde demais? Zero. Por isso, fique de olho no prazo que você tem enquanto colhe as informações. Busque equilíbrio entre a análise e a decisão em si.
· Escute e envolva: Sempre que possível, escutar e envolver as pessoas que estão sofrendo o impacto de um problema poderá ser muito útil a você. Estas pessoas, mais tarde, podem apoiar sua iniciativa e contribuir na implantação da solução.
· Monte um plano B: Criar um plano alternativo é fundamental. Esteja preparado para reverter o quadro quando você cometer erros. A capacidade de recuperação exige agilidade para lidar com as emoções e implementar o plano B.
Inspire-se em grandes líderes e experimente atitudes mais arrojadas. Lembre- se de que para sobreviver em um mercado turbulento e inovador, um profissional pode se agarrar a uma posição mais limitada e de poucos riscos ou, então, sai da chamada "zona de conforto" e se dedica a aproveitar as oportunidades que surgem para aprender a tomar decisões. E, como sempre, para aprender é preciso treinar. É uma questão de atitude!
Elizabeth Soares é psicóloga com foco em desenvolvimento de pessoas

Esta nova mulher que vem conquistando espaços cada vez maiores e mais altos por vontade e por necessidade pode passar uma imagem de super mulher. Além de assumir as atividades tradicionalmente femininas, passou a absorver os desafios da mulher moderna: uma casa bem arrumada; marido apaixonado; filhos saudáveis, educados e estudiosos; ter corpo, cabelo e unhas bem cuidadas e, como se tudo isto não bastasse, uma colocação no mercado de trabalho com uma recompensa financeira que justifique entrar nesta maratona...
Será mesmo possível atingir este ideal que o mundo de hoje nos apresenta? Esta mulher moderna tem se mostrado sobrecarregada. Seu tempo é curto. Os papéis são mesmo muitos. Exigem bastante, física e emocionalmente. Os filhos pedem tanto... É preciso ir ao supermercado... Cuidar da casa... Pagar contas... Ir às reuniões da escola... Ser motorista dos filhos... Conversar com a empregada... Preocupar-se com prazos e os planos de crescimento profissional... Será mesmo possível ser ótima em tudo?
Veja a seguir alguns pontos importantes que podem ajudá-la a se conhecer melhor, provocar algumas mudanças em sua maratona diária e a sentir-se mais segura de seus próprios passos:
Liste seus papéis e estabeleça metas
Quais são os papéis que você desempenha atualmente? Além de profissional, o que mais exige sua dedicação? Ser mãe, amiga, irmã, filha, motorista, estudante, atleta... Pense nos planos que você deseja fazer para se realizar em cada um destes papéis e qual deles ganhará uma maior relevância nesta fase de sua vida. Não é lógico e produtivo pensar que você será ótima em todos os papéis que exerce e ao mesmo tempo. Estabeleça foco. Realize-se por áreas.
Experimente dividir responsabilidades: delegue
É comum vermos uma mulher acreditando que "se não fizer certas coisas ninguém mais fará", então, o que acontece? Ela se "mata de trabalhar" e não cuida de alguns aspectos importantes para a sua carreira profissional. Lembre-se de que quem ganha promoções é, na maioria das vezes, quem apresenta o trabalho pronto, e não quem faz o trabalho. Exercite pensar de forma estratégica e ampla, isto é, pense primeiro no resultado que deseja atingir e depois em como fará para chegar até ele.
Trabalhe o medo feminino de ferir os sentimentos alheios
As mulheres costumam ser muito mais tolerantes e preocupadas em fazer ou falar coisas que magoem os sentimentos dos outros. Isto pode resultar em mulheres que priorizam as necessidades alheias em detrimento das suas, ou seja, um perfil de mulher compreensiva demais, educada demais... Estabelecer limites pode ser útil a você e para o valor de sua própria imagem.
No fim das contas, seja qual for a sua escolha em relação aos seus papéis prioritários, saiba que, talvez, muito mais do que o sucesso, seu maior desafio nesta vida ainda pode ser o caminho do autoconhecimento, isto é, mudar o que for possível e se contentar com tudo o que você é.

É preciso saber recomeçar…Difícil mas pode valer a vida!!!
by Reciclagem de Artigos in

Quando na vida tomamos a decisão de um recomeço, temos que saber rever tudo o que já passamos, tudo que queremos viver e corrigir erros antigos , traçando metas certeiras e acertadas para o futuro.
Conheço muitos casos de traição, cada dia mais, de ambas as partes, e afirmo que não é uma tarefa nada fácil recomeçar quando se perde a base do relacionamento, que é a confiança.
Sempre a suposta vítima estará sob suspeita, passará a ter uma individualidade absurdamente maior do que a que tinha, um senso de liberdade sem freio (pois tem uma justificativa), se tornará perigosa pelo seu lado humano de instinto vingativo, não se conformará com atitudes mesquinhas, não aceitará bem as frustrações do dia a dia normal de um casal que convive junto e será mais exigente, rigorosa, observadora e maquiavélica.
Nenhum sentimento bom está ligado ao rancor, que pode ser esquecido ou adormecido, mas é facilmente lembrado ou acordado a qualquer deficiência do relacionamento.
Não é também nada fácil para o suposto traidor, o misto de ressentimento, culpa, sensação de perda e impotência, quando se comete um erro imperdoável. Como disse, o que não se perdoa, vira sombra eterna e tudo parece impossível de ser alcançado, refeito ou enterrado.
Conviverem traidor e vítima em um ambiente comum, ambos com sentimentos abalados e confusos, desesperados pela ajuda do tempo, que parece ser o único capaz de suavizar a dor e a incerteza do recomeço, é tarefa árdua.
Só quem passa por este turbilhão, sabe o que são as conseqüências.
O amadurecimento vem. A realidade aparece. Os pés no chão, o coração precavido, a mente poluída, os olhos atentos e um único fio de esperança...
É duro ter que enfrentar um amor sendo abalado, o ódio vencendo, uma amizade sendo perdida, um cúmplice virando inimigo, um parente sendo rejeitado, um mundo cor de rosa virando preto...
Mas, então, o que fazer para RECOMEÇAR?
O que fazer para não se decepcionar, ainda mais, com uma tentativa de recomeço que finda em término efetivo?
Olha, amigos, se isto fosse fácil e simples de se responder e se resolver, não teríamos tantos casamentos destruídos, tantas famílias sendo desfeitas e tantas pessoas se endurecendo e se protegendo do mundo!
Porém, ouso a dar uns conselhos, para ver se a vida ganha um arco-íris no fim do poço...

Vítima:
- Seja você em primeiro lugar. Não perca sua autenticidade e não pense que vida a dois é pura simbiose.
- Grite, bata, xingue, fale , fale, fale, mas coloque o máximo do que sente para fora. Comunicação é fundamental no processo, mesmo que tenha uma dose natural de agressividade.
- Não perca tempo achando que a culpa da traição foi por defeito físico, displicência, falta de amor etc. Foi apenas um instinto animal, não conseguido ser controlado por um ser humano de mente fraca, indeciso, inferiorizado, persuadido e sem postura para a vida e suas decisões. O traidor é realmente quem tem a culpa pela sua falta de comprometimento com o que escolheu para si. Quando um relacionamento não vai bem, trair jamais será a solução. Ao contrário, será o início de um fim que não consegue ter fim, mas que teria que ser finalizado!!!!
- Nunca mais a confiança será 100% restabelecida e você, Vítima, acha o traidor capaz de matar até mesmo um filho! E o traidor, ao passar do tempo, começa a ver na vítima uma possibilidade real de se tornar traidora e os papéis se inverterem... Por isso, você tem que se preparar para fingir para você mesma que confia novamente em que lhe traiu. E isto sim, é muito difícil.
-Tente controlar o ímpeto de detetive. Você pode se machucar com o que vê, não por constatar, simplesmente, uma nova traição concreta, mas pelos vínculos não cortados pelo traidor, como você imagina terem sido, pela falta de CHEGA, que parece que o traidor não consegue impor às situações que levaram a Zero o seu relacionamento! Lembre-se: quem trai tem a mente fraca!
-Estabeleça regras claras para a reconciliação e elimine tudo que te faça lembrar a traição. Para continuar com o traidor, ele precisa provar que não comete mais erros absurdos como este e que é capaz de abrir mão dele próprio para refazer a relação.
-Cuidado com os primeiros 15-20 dias após reconciliação. O traidor fará promessas, instintivamente, dirá coisas impossíveis de cumprir, te dará esperanças vãs e você se frustrará mais adiante quando constatar a incapacidade humana dele em realizar o que prometeu. Falar é fácil, fazer é difícil, velho e sábio jargão.
-Não se permita ser iludida por bens materiais. O que se espera de um recomeço, mesmo levando em consideração os benefícios de uma vida sem dificuldade financeira, é uma complementação sentimental. Dinheiro não resgata a mágoa, que fica para sempre, no coração da vítima.
-Caso não consiga controlar seu natural instinto de vingança, pense na Terceira, ou digamos mais apropriadamente, na Quarta pessoa, que vai estar envolvida nesta situação complicada e constrangedora. Machucar alguém que não merece é tão cruel quanto trair, afinal você está também traindo os sentimentos de alguém que te quer bem e te projete e que entrou nesta situação inocentemente. Acredite: o seu desapego, normal desta fase, é capaz de mover montanhas e atrai a todos aqueles que te circundam. Assim, a chance é grande da Quarta pessoa se apaixonar pelas melhores coisas que, você, vai fazer questão de mostrar que sabe fazer, pelo seu inconsciente desejo de conquistar de verdade, pela sua emoção muito à flor da pele e pelo ar que vai exalar de “eu não sou só sua (seu)”. E isto, fascina. Não tenho como explicar o por quê. Acredito ser a busca pelo que não se pode alcançar...
-Não aceite a segunda traição. Isto nunca mais lhe deixará viver em paz e ser feliz de verdade. NÃO ACEITE e SE SEPARE DEFINITIVAMENTE. Chore, sofra, perca o chão, uma única vez. A segunda traição mostra que o traidor não te respeita, não te ama e acima de tudo, é uma pessoa pequena, sem amor próprio, com mil traumas mal resolvidos e só posso te aconselhar a SAIR DESSE AMBIENTE TÓXICO ANTES QUE ELE ACABE COM VOCÊ!
-Ninguém, além do traidor, merece vivenciar o seu baixo-astral do recomeço. Assim, não deixe que atinja filhos, amigos, colegas de trabalho, entre outros. Deixe apenas o traidor passar pelas situações constrangedoras, que ele próprio buscou passar, quando te traiu. Este é o aprendizado dele aqui na terra e é sofrendo e fazendo sofrer que ele busca se encontrar. Mente fraca! Já disse isto antes.
-A vítima que aceita recomeçar, mostra que é uma pessoa de grande coração, tem atitudes próprias, tem coragem e não liga para a opinião dos outros NUNCA. A vítima é uma pessoa digna. O traidor é que não. Deixe, que neste recomeço, ele se torne digno e aprenda com os próprios erros. Por isto, se ele foi tão incapaz de aprender com tudo que passou e ainda te traiu de novo, o que você quer ao lado deste animal irracional, digno apenas de pena e desprezo. Não! VOCÊ MERECE SER FELIZ!

Traidor:
-Te aconselho a esquecer o passado, cortar todos os vínculos com o que te induziu a traição e se humilhar totalmente para conseguir um perdão menos fingido.
-Esqueça de si próprio, que afinal, até aqui, só se mostrou um ser perdido e indeciso na vida. Aceite o aprendizado e não erre novamente. Se torne uma pessoa melhor, digna e respeitável.
-Segure todas as barras. Apanhe, escute, seja agredido moralmente pela vítima, sem revidar. Você cometeu um erro IMPERDOÁVEL, que vai mudar totalmente sua vida, tente fazer algo de bom nesta encarnação e SE TRANSFORME! Diga NÃO a sua mente fraca e seus instintos primatas! Você ama a vítima, está arrependido profundamente e que ficar ao lado dela para sempre? Prepare-se para o pior, para que o melhor possa chegar para vocês dois.
-Não seja passivo em conversas e atitudes, mas seja sincero, mostre o que sente por ela e é capaz de fazer, não somente na teoria, para refazer o relacionamento.
-Não prometa o que não pode cumprir.
-Cumpra 100% tudo que prometeu.
-Não minta ABSOLUTAMENTE NADA!
-Não se envolva em uma nova traição, por mais tentadora que a situação seja. Não quer mais viver com aquela pessoa? Termine tudo e SEJA DIGNO com você mesmo e com os outros...
-A cada briga que ocorra, seja o perdedor. Assuma a culpa, peça perdão, dê carinho e mostre seu amor. Estas brigas são em sua grande maioria causadas pelas lembranças e cobranças da vítima, que tem todo direito de explodir nos momentos de tristeza. Saiba compreender. Renuncie a você mesmo, por que, a culpa é só sua e ponto final.
-Não queira transferir a culpa da sua traição. Pessoas nobres de alma e caráter, não justificam um erro com outro... Assim, se seu relacionamento não estava bom, saísse dele e não inventasse uma maneira sórdida e cruel de resolver o seu eu interior. Se se arrependeu do que fez, sabe o quanto dói ver as lágrimas, de quem se ama, se tornarem constantes e que não há nada pior do que a sensação de terror por ter colocado no coração de quem você ama mais mágoa e raiva, que amor... É um choque nas energias positivas do universo... Você não vai se perdoar nunca. Imagine, então, o quanto é difícil alguém lhe perdoar?
-Só se deve recomeçar se houver amor verdadeiro e incondicional, de ambos. Fora isto, desistam no primeiro tempo.
-Evite fazer qualquer coisa, por menor que pareça ser, que possa causar na vítima uma insatisfação. Uma vítima perde totalmente a tolerância com o traidor, saiba disso. As conseqüências são mais desastrosas para você, que vai passar por momentos deprimentes, ouvindo reflexo de ressentimento e sendo crucificado a cada letra do discurso. Fora, que algumas vítimas, nestes momentos de raiva, saem desta vida para sempre e desistem de recomeçar. Outras colocam registros maquiavélicos no cérebro e você vai sofrer mais ainda por perceber que seu erro ETERNIZADO, criou um monstro. Sabe aquele cãozinho inofensivo, que te ama e que você ama tanto e que por descuido você deixou beber uma fórmula mágica, irreversível, e ele se transformou em um monstro? Você se culpa e não tem coragem de matá-lo e passa arranjar um jeito de viver com ele, mesmo com medo do que possa vir a acontecer, se este monstro ficar malvado e começar a pensar em fugir e fazer besteiras pela cidade, mesmo que sem querer? É uma dor que não se mensura mais...
-Aceite tudo passivamente, inclusive as revanches.
-Nem de longe, pense em usar frases do tipo “desse jeito, quem não quer mais sou eu’, ou “eu estou fazendo tudo para dar certo” (ainda mais se a vítima estiver se queixando de promessas não cumpridas), “o que você quer mais que eu faça?”... Parece banal, sincero, mas pode causar reações ainda mais cheias de ira. Lembre-se: você decidiu recomeçar e esta é a única oportunidade que tem de se redimir com você mesmo. Ao menos dessa vez, cumpra algo que você desejou e escolheu para si, e seja bem diferente do que foi quando escolheu amar alguém e lhe traiu.

Meus caros, comecei dizendo que era uma situação muito complicada e que decidir recomeçar exige o máximo de cada uma das partes. São esforços iguais de ambos e é tudo uma questão de administrar sentimentos negativos e maléficos.
Se leu tudo isto acima e não se sentiu capaz de seguir os conselhos, independente de que parte você é, Vítima ou Traidor, seja autêntico e se negue a RECOMEÇAR. Vocês vão falhar de novo, desgastar ainda mais o sentimento e a relação, não vão crescer, amadurecer e este amor não se eternizará...
Agora, se leu, aceita se renunciar, se refazer pelo bem de vocês dois e pelo amor que existe, que é incondicional e vale a pena ser vivido até que a morte os separe, boa sorte!
Sempre acreditei no poder do amor e espero que a humanidade se corrija acreditando nisto também!
Desejo aos casais que viveram uma situação de Traição e estão dispostos a RECOMEÇAR e/ou estão tentando o RECOMEÇO, que Deus os abençoe e lhes ensinem esta mais importante lição da vida: SÓ O AMOR IMPORTA E QUALQUER MANEIRA DE AMAR VALE A PENA.
Aos que desistiram de RECOMEÇAR, desejo que encontrem os seus verdadeiros amores ainda nesta vida e que possam ser infinitamente felizes e abençoados pelas graças deste nobre sentimento.

(autora: Psicóloga Graduada pela Vida)